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terça-feira, 21 de agosto de 2012

"A DIGNIDADE DE VIVER E M0RRER".

Por mais que trabalhemos para que o ser humano tenha uma vida longa e saudável,chegará o momento em que as forças dimínuirão, envelheceremos e seremos confrontados em nossa própria finitude. A mortalidade faz parte da nossa existência, não há como negá-la ou considerá-la como inimiga. Precisamos de sabedoria e ética Samaritana para cuidar das pessoas que estão se aproximando do final de sua existências, o desafio ético é considerar a questão da dignidade no adeus á vida.
A mídia alardeia casos individuais que nos envolvem sentimentalmente e anunciam o direito de todo ser humano a ter uma morte feliz, sem sofrimento. Perguntamo-nos qual o significado de tudo isso diante da morte violenta de milhares, por acidentes ou violência, em nossa sociedade. Existe muito o que fazer no sentido de levar a socidade a compreender que o morrer com dignidade é uma decorrência do viver dignamente e não se tem condição de vida digna, no fim do processo garantiremos uma morte digna? antes de existir um direito á morte humana, há que ressaltar o direito de que a vida possa ter condições de ser conservada, preservada e desabrochada plenamente. Chamamos á isto de direito á saúde, É chocante e ate irônico constatar situações em que a mesma sociedade que nega o pão para o ser humano viver, lhe ofereçe a mais alta tecnologia para "bem morrer".
Não somos doentes nem vitima da morte,È  saudável sermos peregrinos, não podemos passivamente aceitar a morte que é consequência do descaso pela vida, causada por violência, acidentes e pobreza, frente a este contexto, é necessário cultivar uma santa  indigninação ética, Podemos ser curados de uma doença classificada como mortal, mas não de nossa mortalidade. Quando esquecemos isso, acabamos caindo, pura e simplesmente, na tecnolatria e na absolutização da vida biológica, insensatamente, procuramos a cura da morte e não sabemos mais o que fazer com os pacientes que estão se aproximando do adeus á vida, É a obstinação terapêutica(distanásia) adiando o inevitável, que acrescenta mais sofrimento e vida quantitativa que qualidade de vida.